quinta-feira, 31 de julho de 2008

Mais uma dos contâiners...

(Fonte: Sebastian Irarrazával)
Não só os portos é que vivem de containers...
Essas grandes caixas metálicas já foram utilizadas para salas de leitura, residências modulares, escritórios de canteiros de obras, etc.
Há o projeto do arquiteto Sebastian Irarrazával para um dos espaços de exibição de projetos da Bienal de Arquitetura de Santiago, Chile, onde os containers são painéis expositores.
Extremamente interessante por se tratar de exposição itinerante, pois projetos do mundo inteiro podem chegar já montados nos containers, transportados por navios.
Abraços!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Atenção urbanistas!!

Aos urbanistas de plantão:

Neste domingo, o jornal O Estado de São Paulo publicará um caderno especial, neste domingo (03.08.2008) sobre as megacidades. Cidade do México, Tóquio, São Paulo, Mumbai e Lagos (na Nigéria) serão retratadas nas reportagens do suplemento.

Como arquitetos urbanistas temos que nos informar a respeito do que acontece nessas metrópoles, e discutir soluções para problemas de pobreza, falta de infra-estrutura, tranporte ineficiente, degradação do meio ambiente, superpopulação, disparidades sociais e violência que as megacidades vivenciam.

Lembrei do professor Pedro, que abordou esse assunto em sala de aula. No entanto, pra mim ficou mais uma reflexão, pois não ficou claro a causa de tanta pobreza em Lagos (Nigéria) e o por quê não consegue-se fazer algo para tirar sua população dessa situação. É complexo! Vivem em condições sub-humanas, em meio ao lixo, vivendo do lixo, vivendo de sub-produtos (restos, mesmo!) dos países desenvolvidos...
Abraços!

Capa da matéria sobre Lagos, da revista Piauí. (Fonte: Revista Piauí, 2007)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Joaquim Guedes - Olha só!

Não sei por quê, mas sempre achei que Joaquim Guedes fosse campineiro... mas descobri que não só ontem quando estava lendo sua biografia.
Bom, em Campinas ele tem o projeto do Conjunto Habitacional Padre Manoel da Nóbrega, fruto de um concurso promovido pela Cohab Campinas.

Fotos do Conjunto Habitacional Padre Manoel da Nóbrega, Campinas, SP. (Fonte: Portal Vitruvius)

E olhem só! Ele é autor de um plano urbanístico em Mogi Guaçu, SP. Legal!

Abraços!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Joaquim Guedes

Arquiteto Joaquim Guedes. (Fonte: Arcoweb)
Eu não o conhecia, não fui seu aluno... mas tenho certeza que foi uma grande perda da arquitetura.
Joaquim Guedes tinha 77 anos e faleceu ontem à noite, atropelado, próximo à sua residência na avenida 9 de Julho, em São Paulo. Nenhuma testemunha conseguiu identificar o automóvel, que fugiu sem prestar socorro.
O arquiteto possuía grande influência na arquitetura paulista, seja através de suas obras ou através de seus ensinamentos aos alunos da FAU-USP.
É autor de diversos projetos urbanísticos, cidades planejadas, como Carajás, Marabá e Barcarena, todas no Pará, residências paulistanas, levando com afinco a arquitetura moderna. Seus projetos, sempre racionais. As atividades do cotidiano do usuário é que davam as diretrizes.
Criticava a produção arquitetônica atual, cheia de modismos e monotomia. Diz: "A arquitetura atual não segue a função nem estilos históricos; é monetarista, interessada em status".
Quem sabe agora, com a perda desse grande mestre, os arquitetos não se atentam para seu conceito de arquitetura.
Abraços!

Exposição em Campinas

Recebi este folder por e-mail. Trata-se da divulgação da exposição fotográfica "Ver de Perto Campinas: um jeito natural de olhar a cidade". O fotógrafo Neander Heringer é especialista em fotografia ambiental. Ainda não fui conferir, mas deve ser interessante por nos mostrar a cidade através do ponto de vista da natureza. Abraços

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Arquitetos japoneses - Links

Para quem não viu, adicionei na barra lateral os links para os sites dos principais, ou melhor, dos mais conhecidos arquitetos japoneses. Ainda assim, tem alguns que não possuem site. Então vou postando algumas obras que encontrar em sites de arquitetura e gênero. Acesse os sites, tem muita coisa interessante sendo produzida por arquitetos japas, não necessariamente no Japão! Abraços

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Brise soleil

Tava pesquisando algumas referências projetuais e encontrei esse projeto que tem uma solução bacana para quebrar os raios intensos do sol.
O projeto é para o Centro de Informação do COMPERJ (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), que ficou em terceiro lugar no concurso nacional de anteprojetos para tal função. A proposta é do escritório Suzuki Arquitetura.
As fotos são da revista eletrônica Vivercidades.

Dubai Next Face

Rem Koolhaas em frente ao painel da exposição. (Fonte: Designboom)
Chega de arrenha-céus competindo pra ser o mais alto de Dubai. Chega de edifícios residenciais e de escritório!!! A vez agora é da CULTURA!
Rem Koolhaas, o famoso arquiteto holandês e Jack Persekian, são os curadores da exposição "Dubai Next - Face of 21st Century Culture", que contratou diversos arquitetos renomados do mundo inteiro para desenvolverem projetos de espaços da cultura em Dubai, nos Emirados Árabes...
Pena que a exposição só acontece na Alemanha, no Vitra Design Museum, e eu não esteja de férias para pegar meu jatinho e ir conferir... Só me resta postar algumas fotos aqui... rsrs
Abraços
Mostra "Shop Spaces", com fotos de Charlie Koolhaas. (Fonte: Designboom) Foto exposta na mostra "Shop Spaces", de Charlie Koolhaas. Espaços vendidos de Dubai. (Fonte: Designboom) Painel com a planta de Dubai em escalas de cinza. Originalidade na hora de expor dados da cidade. (Fonte: Designboom) Dando um zoom no painel, podemos ver o famoso empreendimento The Palm, com informações a seu respeito, como dados estatísticos. (Fonte: Designboom) Os textos ficam em quadrinhos, como em uma HQ, só que na verdade são quarteirões do desenho urbano. (Fonte: Designboom) Maquete da Dubai Opera House, a primeira dos Emirados Árabes. O projeto é da excelente arquiteta Zaha Hadid em parceria com o arquiteto Patrick Schumacher. (Fonte: Designboom) A Opera House será construída sobre uma ilha artificial, na costa de Dubai. Os arquitetos se inspiraram nas dunas do deserto para dar forma ao edifício. (Fonte: MSN Notícias) O edifício terá um auditório para 2.500 pessoas, uma galeria de arte de 5.000 m², uma escola de artes e um hotel. (Fonte: Designboom) Dubai Bubbles é uma exposição dinâmica, com composição de fotos de Charlie Koolhaas, mostrando a vida de Dubai. (Fonte: Designboom)

Maquete do projeto para galeria de artes temporárias e teatro, de autoria de Rem Koolhaas. (Fonte: Designboom)

Maquete do projeto para galeria de artes temporárias e teatro, de autoria de Rem Koolhaas. (Fonte: Designboom)

Maquete do projeto para galeria de artes temporárias e teatro, de autoria de Rem Koolhaas. (Fonte: Designboom)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Tá falado!!!

Vi no blog http://melhorlugar.blogspot.com, da professora Claudia, um texto que merece ser divulgado infinitamente. Por isso vou postá-lo aqui.
Foi um dos melhores textos que eu já li criticando a arquitetura produzida atualmente pelas empreendedoras, construtoras, etc, que se vê em edifícios residenciais e condomínios, e que vem a calhar justamente com aquilo que eu estava falando em um post anterior, "A Muralha".
O texto se chama: "Mão escondida projeta arquitetura medíocre", do arquiteto urbanista Jorge Wilhein, publicado no jornal O Estado de São Paulo no dia 02/07/2008. A metáfora "mão escondida" é umas das melhores definições para aquele que produz essa arquitetura medíocre. Confira!
"Ao examinar os projetos imobiliários que abundam em nossos jornais, noto que ultimamente a cor verde predomina: oferece-se à venda a paisagem vista da janela - um parque longínquo ou o jardim, por vezes bem elaborado, que constituirá o verde privativo de quem pode. Recentemente até se oferece um simulacro de vida urbana, ao propor-se - imaginem! - uma rua, como aquelas de verdade - lembram? - em que as crianças se conheciam e brincavam; agora, porém, rua privativa, também para quem pode. Em alguns casos se oferece um centro esportivo ou um spa, de diminutas proporções, só para mencionar.
Simulacro de paisagem urbana, simulacro da sociedade reduzida a condôminos, simulacro de cidade. Parece que o mercado, mesmo usando sua mão escondida - diferente da mão invisível de Adam Smith (1723-1790), segundo o qual ela transformaria interesses individuais em bens sociais -, ainda não conseguiu apagar a lembrança de que a propriedade a ser vendida se situa numa cidade real, gerando um simulacro, exclusivo e excludente. Não nego a demanda por segurança que está na sua origem, mas questiono a falta de criatividade das soluções.
Quando plantas dos apartamentos são publicadas, espanta-me a similitude dos programas e dimensionamentos: parece que há um único protagonista a desenhar com sua "mão escondida" todas as plantas, com iguais dimensões dos quartos, denominações sempre que possível em inglês e a presença inevitável, esta brasileira, da churrasqueira.
O que não se publica é o nome do arquiteto autor desses projetos! A "mão escondida" o apagou, seja por não considerá-lo importante a ponto de figurar ao lado do decorador, do paisagista e dos realizadores do empreendimento; seja porque o próprio arquiteto não se sinta à vontade com o resultado. Se arquiteto existe, como entender, tiradas poucas exceções, o descaso com a estrutura e com a fachada, geralmente um aplique colado, muitas vezes imitando um paupérrimo estilo neoclássico?
Ao percorrer a cidade, vejo, com espanto, o resultado disso: um descalabro arquitetônico, na profusão grotesca e gigantesca de fachadas sem caráter, uma acúmulo de mediocridade preenchendo a paisagem urbana, num completo descaso com a rua em que cada prédio se localiza, ao atulhá-la com trânsito que não pode suportar e uma seqüência de grades, muros, muralhas com guarita, por vezes parecendo-se com presídios. Expressão voraz e predatória do privado não-urbano, recusa da cidade e da vida societária, exclusão ostensiva de tudo o que é público, de todos.
Onde estão os arquitetos herdeiros de mestres da arquitetura residencial? Não mais se encontram, e perdoem a generalização, pois exceções certamente existem, projetos que emulem os esplêndidos edifícios Esther (Vital Brasil), Prudência (Rino Levi), Louveira (Artigas), General Jardim (O. Bratke), Mena Barreto (Aflalo e Gasperini), Guaimbé (Mendes da Rocha), Higienópolis (Heep), Sto. André (Pilon), Copan e Eiffel (Niemeyer) - todos exemplos de boa arquitetura, forte identidade, criatividade, bom ambiente para os seus moradores, enriquecendo a paisagem de suas ruas. E, na ocasião, bem vendidos, com lucro para seus empreendedores...
Enquanto os edifícios residenciais de hoje se apresentam uniformes e medíocres, de autoria anônima, a cidade apresenta bons projetos comerciais e institucionais, revelando a existência de empreendedores mais generosos e o trabalho sério de excelentes arquitetos; entre eles, Botti e Rubin, Aflalo e Gasperini, Carlos Bratke, Isay Weinfeld, Rui Ohtake, Paulo Mendes da Rocha e um bom grupo de jovens arquitetos cujas obras se destacaram na última Bienal de Arquitetura.
Há, portanto, salvação possível. Os empreendimentos poderão produzir lucro mesmo com projetos bons, livres da mão escondida que impõe programas, dimensões, estilos. Para fugir da mediocridade haveria alguns passos a dar.
Do lado dos empreendedores - embora a lógica do sistema os leve a não se preocuparem com a cidade, e sim apenas com o lote -, tomar consciência de que o campo de ação de seu negócio ficará mais restrito e mais caro à medida em que, por sua ação predadora, ruas e bairros forem sendo destruídos. Por outro lado, se o corretor de vendas ou quem contabiliza o investimento substituir os arquitetos nos momentos cruciais de elaboração de projetos, põe-se a perder a principal contribuição desses profissionais.
Do lado dos arquitetos, estranho o silêncio obstinado das entidades de classe, dos críticos de arquitetura, da imprensa especializada. A Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (Asbea) - de cuja criação participei - limita-se a se alinhar ao lado da associação de seus clientes, o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi), sem respeitar a natural diferença de enfoques e de interesses a defender. Pois nem sequer exigem que o nome do autor de projeto seja obrigatoriamente enunciado...
Compreende-se que o Sindicato dos Arquitetos permaneça silencioso nesta questão, pois a precariedade de contratação e o elevado número de profissionais concorrentes não estimula o debate, arriscando o emprego. Mas não compreendo o silêncio do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), veneranda instituição presente em momentos decisivos de nosso desenvolvimento, que tergiversou na discussão do Plano Diretor Estratégico e agora silencia no momento em que este é ameaçado de desfiguração, deixando a tarefa a outras organizações da sociedade civil. Seu papel tradicional em defesa da arquitetura e da cidade, papel cultural e social, deveria levá-lo a levantar os problemas que aponto neste artigo, liberando-me, aliás, do constrangimento de escrevê-lo..."

Pane no sistema!

Como diria a roqueira baiana Pitty, "pane no sistema alguém me desconfigurou, aonde estão meus olhos de robô?". Bom, hoje me identifiquei com a música Admirável Chip Novo. Mais de 24 horas sem a internet!!! Como pode?? Aliás, não pode!!! Foi muito estranho... acho que desde a época do "bug do milênio" (vocês se lembram??) as pessoas não ficam tão aflitas quanto hoje! Uma pane no sistema da Telefônica deixou milhares de usuários da internet sem ela, no Estado de São Paulo. Como diria meu avô: "Aí é que está!" Como não conseguimos mais ficar sem a maior rede de telecomunicação hoje em dia?? Eu mesmo respondi, né? Talvez por ser a maior rede mundial, não conseguimos mais ficar desconectados do mundo inteiro, do mundo virtual, das notícias, das conversas, dos e-mails... Através da internet conversamos com pessoas a quilômetros, não? Usamos ela para o trabalho, para distração, diversão, estudo, pesquisa, namoro... Mas e as pessoas que não tem internet?? Bom, os não usuários não estão acostumados, e por isso não dependem da internet pra nada... Acredito que tenha sido um dia normal... OK. Quem lê o que escrevi acha que sou um viciado, um neurótico. Não, não sou. Só digo que foi bem ruim ficar sem poder ver pelo menos minha caixa de entrada. Bom, tô um pouco viciado nessa coisa de blog agora... então, ja que a internet voltou agora, aqui estou, escrevendo, até mesmo falando besteira, só pra comemorar a sua volta!!! rsrs Abraços

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Emoção Art.ficial 4.0

Acontece no Itaú Cultural a 4a Bienal de Arte e Tecnologia, com a exposição Emoção Art.ficial 4.0, que tem como tema a EMERGÊNCIA. A palavra EMERGÊNCIA é sempre associada a situações de risco, socorro, situações de urgência, hospitais... No entanto, ela pode simplesmente denominar situações complexas e inesperadas surgidas a partir da interação de regras simples. De hoje a sábado há o Simpósio Emoção Art.ficial 4.0, na sala do Itaú Cultural, com mesas com transmissão pela internet, ao vivo, às 19:30. Já a exposição, no Itaú Cultural, começa hoje e vai até 14 de setembro. O hotsite é: www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2825 Abraços

O gosto pela leitura

Sempre admirei quem devora livros! Sabe, aquelas pessoas que sempre quando tem um tempo livre está com com um livro nas mãos, aquelas que lêem um livro de 200 páginas em um ou dois dias...
Eu, particularmente, não consigo. Curto muito ver livros, saber dos últimos lançamentos, comprar livros... Entro facilmente na biblioteca ou livraria e fico horas xeretando... Mas tirando os de arquitetura, foram poucos livros que eu peguei e li do começo ao fim! Por isso, gosto das crônicas, como as do Luis Fernando Veríssimo, que são leituras mais rápidas e divertidas.
Com um pouco de força de vontade e policiamento, vou lendo... Retomei a leitura de um livro chamado "Os Japoneses", da socióloga Célia Sakurai. Comprei em busca de referências para meu trabalho da faculdade, só que conforme as páginas iam virando, a leitura foi parando... hehehe. Agora, nas férias, consigo terminar!!!
Estou escrevendo isso para divulgar a 6a FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), que começa hoje (02/07/2008) em Paraty, RJ. É um festival literário com a presença de importantes escritores conhecidos no mundo todo, marcado pelas mesas literárias de discussão, que acontecem na Tenda dos Autores, e recheado de palestras, oficinas literárias, lançamentos de livros, cafés literários. Há ainda shows, como o de Luiz Melodia, na abertura do evento, peças de teatro, e exibição de filmes. A cada ano um grande autor é homenageado, e nesta sexta edição do FLIP, é a vez do falecido escritor Machado de Assis (2008 o ano do centenário de sua morte). Se tiver a oportunidade de ir, vá. A cidade, que já é aconchegante mesmo em outras épocas, nesta semana movimentada, lhe receberá de braços abertos!!!
Visite o site oficial do VI FLIP e confira a programação completa: http://www.flip.org.br/

A Muralha!

Não! Não é um post sobre aquele seriado da Globo, não!
Estou falando sobre o mais novo supermegagigante empreendimento de São Paulo: o Parque Cidade Jardim!
Na última edição da revista Época São Paulo (publicada esta semana), saiu uma reportagem sobre o idealizador deste empreendimento de luxo, contando um pouco sobre sua história de vida. É o (ainda não engenheiro, e talvez nunca engenheiro, pois ele mesmo afirma que não gosta de estudar e por isso abandonou o curso de engenharia), digamos, empreendedor José Auriemo Neto, presidente da incorporadora JHSF.
Bom, não vou ficar falando mal do cara, afinal, que culpa tem ele de ter nascido em berço de ouro?? Quem quiser ler a matéria, eis o link: http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI6887-15367-1,00-ELE+CRIOU+O+CIDADE+JARDIM.html
Na verdade, quero falar sobre a verdadeira "muralha" criada por este ser. Em uma visita à São Paulo, com o pessoal da faculdade, passamos em frente à construção do Parque Cidade Jardim, que se volta para a Marginal Pinheiros. Como estávamos na marginal oposta, acredito que ninguém tenha reparado, pois não ouviu-se um comentário sequer sobre tal monstruosidade. Mas aquilo me incomodou...
Está implantado em uma área de 72 mil m², e consiste em 9 torres residenciais sobre um shopping center com as lojas mais caras do cenário nacional e internacional, um SPA, três torres comerciais (escritório e serviços), e uma torre de uso misto com o hotel do grupo Fasano. O mais absurdo: os apartamentos variam de 237 m² a 1807 m², sendo que o maior custa em torno de R$18.000.000,00 (não, não errei a quantidade de zeros...). Faça as contas, quantos apartamentos "normais" eu compraria com dezoito milhões de reais???!!! Absurdo!!
Não é à toa que houve manifestação no dia da festa de lançamento do empreendimento. Os moradores da favela do Jardim Panorama (que fica ao lado - mas ao lado mesmo, colados, separados somente por um muro de mais de 2 metros de altura - do Parque Cidade... e blá blá blá) protestaram na porta do conjunto, dizendo ironicamente que foram dar as boas vindas aos novos vizinhos. Também há uma reportagem mostrando o caso, desta vez no site: http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=593
Bom, através das fotos do empreendimento, veja se você não vizualiza uma fortaleza, uma muralha, um castelo medieval, onde tudo acontece lá dentro e não é preciso sair de lá para se aventurar na selva perigosa de loucos insanos!!! É isso que eu vejo. Olhe as fotos e depois me diga se sou eu que estou exagerando...
Além de tudo, a fachada é composta de uma mistura do neoclássico com neogótico!!! Quem disse que isso é bonito??? Só no fantástico mal gosto dos ricos!!! Aliás, quem será que começou com isto? Vou pesquisar...
Houve um concurso de idéias de projetos que interligassem os moradores do Parque Cidade Jardim a Daslu, sem terem que passar pelo mundo fétido e nojento dos seres humanos. Há resultados bem interessantes e engraçados. Outra hora eu posto!!
Abraços!

Desenho mostrando somente parte do Parque Cidade Jardim. Shopping embaixo e torres residenciais em cima. (Fonte: http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=593)

Implantação do empreendimento mostrando o entorno. Mostra os pontos "chics" como a Daslu, a Rede Globo e a Hípica Paulista, mas não ressalta a favela. (Fonte: http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=593)

Só a maquete do empreendimento, custou R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais). Segundo a reportagem do site Reporter Brasil, somente com o valor da maquete seria possível a construção de 27 casas populares. (Fonte: foto de GRGM em http://www.skyscrapercity.com/)

Foto do Parque Cidade Jardim, tirada a partir da marginal oposta, mostrando a "fortaleza" que é o empreendimento. (Fonte: Rafael Nako, maio/08)